domingo, 13 de novembro de 2011

TEM PIPA NO AR


Um dia o Guilherme Sant’Anna colocou sua pipa no céu da Confraria.... Aí, fomos todos buscar as nossas! rsrsrs

Pipa
Voe pipa

e me diga
se é legal voar
Se as nuvens são de algodão
Se é bonito ver o chão
Se as estrelas você pode tocar.

(Guilherme Sant'Anna)

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Meu coração voador


Meu coração é tal pipa de papel
Colorido e frágil,
Um menino ágil
Querendo ir além do céu.

Mas ele não aceita meus comandos
Meu cordão não o segura em minha mão
Desbico pra cá, ele desbica pra lá
E solto, lindo pelo ar
Desenha a própria direção.

Mas numa coisa combinamos
Não temos medo de alcançar
O espaço mais alto desse céu.
É lá que está, para quem tem coragem
E não vem à vida de passagem
O mais valioso troféu.

(Catarina Maul)

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Pipa Voada


Em tuas mãos sou mosaico colorido
De papel quase perdido,
Em evolução no ar
Tenteando pensamentos
Ziguezagueando tormentos

L-i-n-h-a--e-s-t-i-c-a-d-a--s-e-m--re-b-e-n-t-a-r...

Mergulho, Corto o céu ... Ponta cabeça
desviro, volto a subir com leveza...
Ao vento forte resisto
Envergo, repuxo, insisto

L-i-n-h-a--e-s-t-i-c-a-d-a--s-e-m--re-b-e-n-t-a-r...

Mas, se te perco meu amor, enlouqueço
Estanco, desapareço...
Pipa voada à vagar
Livre ao vento, sem ninguém para aparar.

(Paulo Roberto Cunha)

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Quase voo

verbo no infinitivo
ave
liberta sexo dos adjectivo
e no pouso
enquanto chove
fecunda cansaço
do tempo não voado.

(Gociante Patissa, Benguela e Luanda, 6 Abril 2011)

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Pipa

Como um recém nascido,
que criamos dando abrigo,
trocando as fraudas.

Chumaçamos pelas varetas,
plásticos ou seda,
linha e rabiola.

Como um adolescente rebelde,
que damos conselhos,
e mesmo assim querem se livrar de nos.

Fazemos "cabresto"
e ela já está querendo voar.

Como um começar a vida adulta,
não temos mais controle,
temos que dar espaço,
deixá-los ir soltar,
que se cuidam sozinhos.

Damos linha,
deixamos o vento levar,
no ar, não temos tanto controle assim sobre ela,
podemos cortar ou voar,
depende do dia, do vento
ate da forma de "dibicar".

Do começo ao fim,
do nascimento ao crescer e envelhecer.

Dê linha à pipa, deixe-a voar...

( Arthur Hendrix )

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Voa, voa assim...

No decorrer do grito guardado
caminho assim de pé quebrado
esperando a resposta em mim contida
para partir na fervorosa viagem

Sem vento tenta com ele
parece ter medo
embola a rabiola
não sabe se vai ou se fica

Buscando a beleza do céu
voa em um repente de improviso
da de lado a manobra fica perfeita
buscando o certo sentido

Uauu... Desbicou que sensacional...
vira que vira com destino,
mas sem direção

Sem aviso
não sabia que o desbico não teria fim
partiu na beleza do abismo
e um desavisado cortou na mão...

(Rodolfo Andrade)

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Enfeitando a Praça

Igual a pipa que o moleque do meu bairro empina
lá no espaço,eu subirei, amor.
Estarei longe, nos céus,
ultrapassando as montanhas.

Jogarei versos do alto numa chuva mágica,
enfeitando a praça.

Quando à tardinha
o vento quiser repousar,
eu descerei, querida,
preso que sempre estarei
à linha sublime do teu olhar.

(Gilson Faustino Maia)

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Bota Outro


Pipa você que voa
Um dia à toa
Podia me levar pra passear
Partindo da laje
Cruzando a cidade
Destino ao mar

Mas você pipazinha
É tão fraquinha
Não iria me aguentar

Então deixa que eu fico
Te ponho no céu e desbico
Vai você voar

Um dia quem sabe em um sonho
Você me pegue no punho
Pra afastar o chão do meu pé

Espero que nenhum vacilão
Corte você na mão
- Bota outro, mané!

(Roberto Henrique)

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O sonho de Icaro

Raspa o bamboo
Olho topografico
Mãos precisas em angulos
Cortes, recortes
Tritura-se o vidro...
Perfeita farinha
que ira se transformar
em sua arma, seu poder...
Linha de montagem.
Passo a passo
a arquitetura vai tomando forma
Linda, enorme
Icaro se fez pipa...
E o vento...
Ah, o vento
minha mola propulsora
Chega e me leva
E o voo , o voo, o voo
Quanto mais longe do olhos do homem
Mais perto fico de Deus.
Cera nem pensar
E Icaro se fez pipa...

(Ana Lucia Cruz)

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A pipa dibica na braçada
a tulipa acaba na bicada....
ambas no céu da boca
(seria o céu então um grande bocejar infindo???)
O mundo só termina então
quando deus fechar a boca
ou quando o alambique da arte acabar...

(Pedro Maia e Cunha) 

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As pipas...

Quanta semelhança
entre elas e nós.
Em geral,
são feitas
com carinho, prazer.
Quando novas,
são belas,
coloridas e viçosas.
Mas estão sempre
presas a alguém,
sob seu controle.
Voam,
vêem o mundo do alto
mas em seguida,
voltam às mãos de quem as domina.
Exceto algumas,
que se soltam da linha
que as controla.
Essas,
ganham mundo
ao sabor do vento.
Voam livres!
Umas, por longas distâncias.
Outras, logo estão em novas mãos,
caem em novos domínios.
As pipas...
Quanta semelhança
entre elas e nós!

(André de Menezes)

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O Encanto da Pipa

O vento te leva para as nuvens
Mostrando assim as beleza da vida!
O teu lado geométrico me encanta,
Ó Pipa, de formato quadrilátero.
O meu desejo é observar tuas cores
E imaginar que elas são doces,
Doces como bombons!

No meu céu há poesia,
E a poesia está na pipa
Que vai se espalhando pelo ar.

O vento continua te levando...
Vou dando linha, mas sem cerol,
O cerol é a poesia presente nela.
Voa pipa, pipa minha voa
E enfeite mais ainda este belo céu!

[Antonio Félix]

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A pipa e a tulipa

Triste é a Tulipa,
deseja chegar ao céu,
mas da terra não se emancipa
e por isso chora de fel...

A Pipa sobe, dando giros com sua rabiola...
Bela pipa que livre voa!
Dançando ao som da viola.
Baila no céu, colorida, à liberdade se doa...

Alegre e cheia de vida;
o vento bate em seu rosto...
Na liberdade, respira...
Perdeu um sonho, logo busca outro!

Continua a Tulipa presa ao chão,
e na dor vive a chorar.
Pois feriu o seu coração a decepção
e ela não quis mais voar...

E o belo bailar livre da Pipa,
que tudo supera,
faz a pobre Tulipa
ficar vermelha de inveja.

(Luana Lagreca)

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PIPA

ATRAVESSO VELOZ E CINTILANTE,
COMO UM METEORITO,
DESÇO NUM RASANTE
RUMO AO INFINITO,

E ANTES DO IMPACTO COM A TERRA,
FAÇO DUAS CURVAS E SUBO
SEM RUMO...
PRA SAIR DA ATMOSFERA...

DESAFIO AS LEIS DA CIÊNCIA,
BRINCO COM A GRAVIDADE,
SOU SUAVE, SOU INTENSA,
SOU SINÔNIMO DE LIBERDADE...

PORÉM AO ACABAR O CARRETEL,
FICO PRESA PELO CABRESTO,
ENTÃO ME ATRACO COM OUTRA PIPA NO CÉU,
E SE NÃO CORTO, ME EMBOLO,
VOU EMBORA...
RUMO A OUTRO ENDEREÇO!

(Felipe Quirino)

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Começos

Começo
é carta com endereço
É apreço, é a pressa
É promessa feita
sem o outro pedir
Começo é o devir
que se antecipa
É a pipa no alto
É o corpo tomado de assalto
por palpitações
fibrilando
É quando o gerúndio predomina
sobre outras conjugações

Começo é a esquina do mundo
onde se espera ansioso
pelo gozo do encontro
Começo é estar pronto
desde cedo
sem medo de transbordar
É um estado de alma
que nos restaura
Aura de frescor
numa onda de calor

Assim são os começos
Filigranas, filamentos
luzindo no escuro
E a continuação?
O futuro?
Que dilema
Só cabe em outro poema...

(Jorge Ricardo Dias)

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(Ve)rão

andorinhas
nuvens
sonhos
cores
viagens
alegrias
pipas
papagaios
arraias
pandoras
quadrados
mil

fios presos
a meninos soltos

(Rosana Banharoli)

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Pipas das saudades

Ai que saudade de quando
Era criança e tinha muita
Gente a minha volta.
Hoje olho para o céu e imagino uma linha
E ali fica a saudade.
Cada parte da linha,
Representa alguém que me marcou.
Querido amigo Fabio que se foi tão cedo
Mas mostrou-me verdadeira amizade.
Não tenho como olhar no céu e
Ver que você se tornou,
Uma pipa que se espalhou pelo ar.
Lembro-me de tuas alegrias
E de tuas artimanhas.
Da mão amiga, do abraço irmão.
Pipas também do jogo inocente de futebol.
Renato,
Denis,
Márcio,
Luciano,
Eu,
E muitos outros;
Vibrando...
Sorrindo...
Gritando:
Gol!
Obrigado a cada um que tive
A oportunidade de chamar de amigo.
Hoje todos seguiram seu rumo.
Mas deixou sua pipa e tua linha
Na Rua Mineiros das saudades.

(JG Poeta da Alma)


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NO MUNDO DA NOBREZA


Ao subir e nas nuvens passear,
vá levando os meus sonhos às alturas.
Você nos céus, na terra as criaturas,
dores e mágoas sempre a resmungar.

Então eu voltarei ao exemplar
menino que gostava de aventuras,
que, das pipas, curtia as formosuras,
os pés no chão, a mente pelo ar.

E gozarei a vida, com certeza,
portando, de um menino, um peito em flor.
Admirando o belo, a natureza.

Eu, lá na praça, um grande sonhador,
mergulharei no mundo da nobreza,
ao soltar pipas com o imperador.

(Gilson Faustino Maia)


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Meu “eu“ 
Eleva-se como pipa lançada ao céu
No belo infinito do meu sentir
No gozo do voo do olhar-se
Nas dúvidas do descobrir-se
Nas respostas encontradas 
Na dimensão do coração
Na razão sem ilusão
A alma dança 
No ritmo da pipa
Expressando versos
Nas linhas
Do Universo
Buscando novos horizontes
Criando espaços
Expandindo o “ser“
Ascendendo desejos
Na diversão de viver
Na reflexão de existir.

(Condessa Cavalcanti)


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Nostalgia

Voa como o vento
o meu pensamento

E o colorido das Pipas 
em toadas no céu
levam-me ao tempo que deixei 
nas mãos da lembrança

Encontro divino
onde os anjos da infância
entoam hinos da inocência

(Jussára C Godinho)


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Minha pipa esta no ar...


Dos sonhos de um menino...
Eu amava as pipas.
Maranhão, quadrado, peixinho e capucheta...
Desfilar pelo céu feito o mais livre atleta.

Catava os tecos de linhas que via pelo chão...
Uns me recriminavam, outros me davam um tecão.
Linha dez ou vinte quatro, não tinha jeito não
Procurava uma lata, mas enrolava na mão.

O bom de ser menino e poder empinar,
Limpo ou com cortante, minha formula não vou ensinar.
Linha de dois na frente cola de madeira, vidro de prato colorex,
Álcool e perfume para secar rápido, dar a volta e mandar.

Só via mandadão!
Até vir mais um malvado e me cortar na mão.
Não tem problema, uma volta no lixão da Vila Guilherme
Varetas e uns dez quilos de folha preta de carbono do computador

Rabiolão! Nisso era doutor.
Fui uns dos primeiros a fazer caretas nas piponas.
Fiz dois olhos... Boca, nariz depois pego modo.
Virei a vareta de baixo, feito arco da flexa
Para não ficar igual aos quadrados caretas
E desbicar mais, ralando as capuchetas.

O Zé Gordo enciumava...
Já sendo do meu cortante,
Ficava de longe e não ajudava só, desbicava...
Empinar para mim já era o bastante.

(De Magela)



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