POEMAS DE RODOLFO ANDRADE
O Vencedor
Como peça fundamental do ser
indiscreto marcando presença
na vida com brilho que deslumbra
inconsciente é tudo que interessa.
Ao sol é marca de registro
que não teme a vida de hoje
marcado marcante é você
loucura em gotas de homeopáticas.
Do nada é notado sem razão
ou pela simples razão de estar
centrado, diferente, colossal
hoje você é vencedor.
Como peça diferente causa,
diminuto sem ser insignificante
entre muitos é tudo
entre tudo renegado.
Seu começo foi para saber da dor
depois intransigência adolescente
com o tempo foi se tornando
a marca sem temor.
Hoje é real força de tudo
forma de carinho indecente
és certo, errado, o vencedor
és brinco que se tornou o diferente.
A falta
Oi, que noite linda não?
Parece que tudo vai bem...
Tudo naturalmente, mas...
Esta faltando alguém...
Um pequeno pé de pinheiro no canto da sala e as crianças enfeitando-o para que Papai Noel se orgulhe da árvore que esta tão bela...
Sim, mais esta faltando alguém...
Todos se preocupando com tudo...
O que farei para ceia?
Quantas pessoas virão?
É...
Mais esta faltando alguém,
que é você e o destino levou.
Burro de presépio
Força que não pensa
Ou pensando se tem força
Dilema que exclui
E contribuí com a realidade
É fato que a humildade tem força
E que se confunde com humilhação
Porém pensar perante o abismo
Só quem consegue tem razão
Excluído e marginalizado
Certamente segue adiante
Não teme, pois sempre é obediente.
Sempre espera sua vez
Quando tem fome não reclama
Com cede também não
Quando o peso é a mais
Para, cai e morre.
Presença marcante no natal
Figura no real e imaginário
Entre devaneios vaga presente
Dando em grande presente a vida
Viagem
Ao despertar a beleza do dia
o sonho se faz presente
com gosto do sal da terra
e aroma indefinido acre doce
A música que embala o dia
tem notas em perfeita sintonia
que caminha sem nostalgia
e tudo que acontece é só alegria
Gostos e sabores exóticos
sensações todas a valer
o olhar com brilho indefinido
e sorriso de quem quer vencer
Deus se faz presente na penumbra
mostrando que a vida não tem preço
““... que tudo vale a pena
...quando a vida não é pequena.”.
Uma calmaria suave
que sucede ao descanso agitado
despertando o dia sem som
mostrando o grito guardado
Tristeza? Não, é sem valor.
Arrependimento? Totalmente sem razão.
Porém a saudade no peito
não é sofisma, talvez utopia.
Vida de um lavrador
Nas ruas da cidade Pedro vai e vem
Aqui é tudo diferente
Que saudade da sua terra
Aqui é olho por olho, dente por dente
Lá a seca castigava
Não se tinha o que comer
Mais o homem era homem
Não precisava se vender
A ponte é sua morada
Na rua ganha o pão
Com a mão já calejada
Trabalha na construção
Homem marginalizado
Porém grande trabalhador
O que seria do mundo
Sem um lavrador
No campo corre para ganhar o pão
E na cidade se corre
Gritam de estalo:
Pega, pega ladrão.
Lavrador sua vida é no campo
Lutando para ganhar o pão
Um dia talvez quem sabe
Tenham compreensão.
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