quinta-feira, 23 de agosto de 2012

OS VARAIS DE NOSSAS VIDAS

Não tem muita explicação, mas vira e mexe a nossa Confraria escreve sobre varais.
Isso se deu há meses, quando o tema já virou um desafio. Agora, com força total e muita inspiração, os poetas trazem seus varais de volta, ao lado de outros novos que vieram junto com os recém- chegados escritores.



Os varais me encantam...
(escrevo enquanto vejo-os balançar)
São felizes, repletos de possibilidades.
Neles convivem, harmonicamente,
o velho, o cerzido, o novo e o tantas vezes tingido...
O engomado, o mal lavado e o roto
O preto, o branco e o absurdamente colorido.
E todos a mim parecem ser só sorrisos...

Cynara Novaes – Teixeira de Freitas / BA

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Depois do amor
nossas intimidades
repousam
silenciosas no varal.

Ah, se falassem...

Ricardo Mainieri – Porto Alegre / RS

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Poesia no Varal

Pega o coração,
põe pra bater 
que depois de lavar, tá novo!
Mistura um alvejante
que a mancha rubra de sangue
das dores do passado,
todas vão embora.
Pendura no varal
que aflora...
Quara...
Vai ficando limpo,
vai ficando lindo,
o sol seca até as lágrimas. 

Dá uma passadinha e parte,
coloca um colar no pescoço
que aquela mancha no peito
fica imperceptível. 

O novo dia disfarça qualquer dor
de um jeito incrível!

Catarina Maul – Petrópolis / RJ

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A alma pendurada no varal
O sonho estendido no quintal

Quarar desejos
Ao sol da vida
Não tem preço
É nossa lida

Tudo ali
Lado a lado
Na mesma linha
No mesmo cordão
Fantasia
Lampejo
intuição

Manu Dias – Salvador / BA

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Trajetória de varal

A sorte sofrida 
na vida é partida 
com a esperança perdida 
no varal é sentida.

Sentir teu contato 
ao ver seu retrato 
pois sua beleza seu trato 
não é utopia é fato.

Só quero de verdade 
o amor sem maldade 
o vento confrade 
que marca a saudade.

Sem medo vou a frente 
com jeito diferente 
de amar a toda gente 
com o coração sempre ardente.

Você vejo bem perto 
é alegria, é deserto 
onde é descoberto 
no belo mais incerto.

E a vida continua 
eu a minha você a sua 
com esta dor que sempre flutua 
e no quintal se perpetua. 

Rodolfo Andrade – Petrópolis / RJ

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Varal

Amanhã meu bem, bem cedinho
Monte o varal, por favor ?!?
E com sol subindo mansinho
Quare este poema de amor?!?

Porque é preciso meu bem
Clarear os sentimentos...
Expor estes versos aos ventos,
no varal vê-los tremular...

E então, ao fim da tarde
todos estarão bem clarinhos... 
E assim, serão todos teus
Todos, todos...
Com os meus
beijinhos.

Paulo Roberto Cunha – Petrópolis / RJ

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Volta por cima

Então o sol surgiu em minha vida
depois da longa noite que eu vivi
e das imensas dores que eu sofri.
E a minh’alma não ficou caída,
após a sua fria despedida.
Porém não desejava esse final,
para mim não foi bom, mas não foi mal.
Foi cruel aceitar a sorte ingrata,
mas voltei a cantar na serenata,
após secar meu pranto no varal.

Gilson Faustino Maia – Petrópolis / RJ

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Um varal diferente

E no dia a dia
Eu que não sei fazer poesia
Me viro e reviro na lida.
E aqui e acolá 
Monto e desmonto
Varal com o que foi, é ou será (?).
E assim vou tentando
Com varal de histórias
A História (re)contar.

Tina Maria Figueiredo – Teixeira de Freitas / BA

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Vida nômade

Meu varal 
Em diversos quintais
Memórias retidas na retina
Vida de muitos portais

Ana Lucia Souza Cruz – Rio de Janeiro / RJ

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Lavanderia

Lavo a vida, 
roupas no quintal
Baldes de poesia
palavras no varal… 

Janaina Barroso – São Bernardo do Campo / SP

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Os varais e minha história 

Me ponho a pensar nos varais de minha vida
E nas peças que por eles pendurei
Tantos momentos foram neles estendidos
Nas roupas que algum dia eu usei.

Roupas felizes, coloridas que em festas
Me proporcionaram figurino ideal
Peças coringas, repetidas em momentos
Que imprimiam no espelho resultado sem igual.

Outras ainda, mais serenas, mais austeras
Que o meu corpo conduziram aos rituais
Formatura, casamento, batizados
Essas estão em fotos, dispostas tais postais.

Lembro-me ainda dos varais que abrigaram
Trajes que usei em cerimônias dolorosas
Como enterros, hospitais, dores que queimam!
O sabão não tira manchas rigorosas.

Mas um dia meu varal se coloriu
Vi esperança nos tecidos bem cortados
Peças pequenas, delicadas, tons pastéis 
Nasceu meu filho... vi meus sonhos pendurados.

Percebo hoje que os varais são tal diários
E eles guardam toda a nossa história.
Esses varais despretensiosos e sublimes
Conhecem mais que eu, a minha trajetória. 

Catarina Maul - Petrópolis / RJ

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Varal de roupas sujas

As roupas sujas e mal lavadas
Estão estendidas no varal
Apenas para secar, pois a máquina estragou.
E a preguiça era maior do que a vontade de esfregar

Falo isso para um ouvinte calado
Até o momento em que cansado de ouvir, resolve falar
Não são as roupas do quintal alheio
Que estão mal lavadas
Mas sim os vidros das suas janelas
Que precisam de sabão e água

João Aguiar – Tramandaí / RS

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Momentos Diversos

Tal qual a minha amiga Catarina,
também tive os momentos mais diversos.
Os rastros registrados de uma sina
que agora se transformam nos meus versos.

Eu queria saber andar ao léu,
muita coisa deixar lá no passado,
porém na estrada que segue ao meu céu,
são tapumes que escondem meu pecado.

De varal em varal, as fantasias
usadas no teatro desta vida
foram expostas a secar às ventanias,
penduradas, torcidas, retorcidas.

Gilson Faustino Maia – Petrópolis / RJ

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Varal de estrelas

Numa noite clara de lua cheia
Um varal de estrelas se desenhou 
No quintal do meu céu
E iluminou o caminho
Para o coração passar
Esse coração que andava à esmo
Perdido de si mesmo
À procura de direção 
Direção pra recomeçar
Recomeçar a sentir
Recomeçar a viver
Recomeçar a amar
Guiado pelo varal de estrelas e ignonando os obstáculos do caminho
O coração desmembrou trilhas tortuosas em matas fechadas
Passou fome e sede no deserto chamado solidão 
Até chegar no teu céu, onde aconchegado e seguro
Pôde, enfim, se instalar
E sob a luz da lua azul do teus olhos 
Recomeçar.

Jane Marques  - Petrópólis / RJ
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Varal do tempo

Cheio de lençóis,
lembranças e
lamentos...

Exceto por um Amor
que o vento levou...

Edweine Loureiro - Japão

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Pinguei algumas cores neste poema.
Embora o poema esteja a céu aberto,
Mas não me preocupei
Havia alguns temas espalhados...

Choveu e o eu lírico via as letras sumindo!
Guardei o poema numa sacola
E fui pra escola
Um professor disse-me: “tuas trovas parecem com o mundo”,

- Vá correndo pra casa!
Cheguei e nem tirei a roupa,
Fui direto para o varal

E lá preguei a poesia com pregador,
Ou melhor, como um orador,
Pois sabia que tinha que declamá-los em um sarau.

Fernando Sousa Andrade – Rio de Janeiro / RJ

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Varal de sonhos

Enquanto estende a roupa no varal
A menina sonha...
Sonha e espera por um mundo sem igual
Cada peça uma cor
cada cor uma quimera

Em seu mundo colorido
a menina brinca
Seu amigo é o vento
Também dança com o sol
Tem da brisa o acalento

Seu destino é o céu
Que imagina seu quintal
Com imenso carrossel
Inventado em seu varal

Luciana Cunha – Petrópolis / RJ

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Vários tipos de varais

É verdade que durante
a nossa vida usamos
vários tipos de varais...
Começamos a usar,
desde a nossa infância,
quando os nossos pais
nos pedem para estender
algumas peças de roupas
que estão molhadas.
Também podemos dizer
que não é só em casa
que usamos varais.
Tem vários tipos de varais,
como o varal literário
que usamos nas escolas
em exposições de trabalhos,
e até mesmo nos saraus de poesias.
Até os comerciantes usam
varais para mostrar seus produtos
e acabam atraindo clientes cada vez mais,
e vai melhorando a sua clientela,
de tal forma, que acaba
ficando maior do que imaginava
e o espaço que tinha
já não cabe mais nada.

Alan de Bastos Lima – Petrópolis / RJ

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Essenciais

Nos varais
sem alvarás
dos quintais
as roupas se parecem mais
com samurais
em batalhas campais
de artes marciais
Mas o sangue não corre, aliás
só correm vendavais
Roupas de cores de vitrais
em etéreos carnavais
Celebração de paz

Jorge Ricardo Dias – Rio de Janeiro / RJ

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Varal de uma vida

No varal da vida
pendurei meu coração
Deixei curar as feridas
pra voltar a emoção.

Com a chegada de um amor
foi pendurada a alegria
Enchi meu varal de cor
estendi sonho e fantasia.

Nasceram filhos, amores
roupinhas recolhi dali
O vento soprou as cores
e tirou tudo daqui.

Hoje, pregadores ao vento
minha alma levada na brisa
O varal ficou no relento
esperando outra vida...

Claudia Marinho – Petrópolis / RJ

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Elo

Manhã
Pela fresta da janela
Ganho mais um dia
Em raios que meu olhar
Desconfigura.
No entrementes de apalpá-lo
Sinto o resquício
Do aroma teu
Na peça íntima
Exposta no varal
Que vai de mim
Até você.

Avel Dichter – Duque de Caxias / RJ

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Pendurei o vestido de baile
e com ele a paixão proibida
ao secar, balançando ao vento,
não se torna a paixão esquecida?

Pendurei o uniforme que engessa
e nos deixa igual, padroniza
ao secar, balançando ao vento,
não esquece o rigor e humaniza?

Pendurei o lençol, confidente...
traz com ele juras de amor
ao secar, balançando, ao vento,
não me traga seu olhar, seu frescor?

Meu varal está cheio de peças,
muitas delas as deixo por lá...
elas são carregadas de histórias,
mas são minhas, não posso negar!!!

Fernanda Forster – Petrópolis / RJ

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Exposição de mim

Vejo,
Estendido ao relento,
Meus sonhos, sem alento,
No varal do porvir

Parafraseando a frase
Que se desgasta, com ar grave,
Sinto, dentro de mim,
A tristeza se esvair

Correndo contra o tempo
Oscilo contra o vento
Buscando por mim
Enfim encontrei a ti

Cleide Jean – Rio de Janeiro / RJ

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VARAL DE EMOÇÕES

Uma tempestade de desilusões
se abateu sobre minha vida
ela encharcou minhas emoções
mas não me dei por vencida!

Que mais poderia eu fazer?
Respirei o mais fundo que pude,
Não, não me deixei abater...
Tive que mostrar atitude.

Então recolhi as emoções
e as estendi num varal.
Carinho, recebi milhões
Calor que me foi vital!

Hoje, sinto-me renovada
Sigo a vida com alegria,
cada dia mais inspirada.
Enfim, liberta da tirania!

Elciana Goedert – Curitiba / PR

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Sentimentos no varal

No varal da vida secam sentimentos
Como os prantos amargos de outrora
Felicidades, infortúnios, tormentos
E uma emoção que ressoa no agora

Deixo secando sob a luz do astro rei
As tristezas e as melancolias infelizes
E por cima das dores que passei
Fazem ninho e defecam os perdizes

Deixo o amor muito bem estendido
Para que ele logo se reestabeleça
O ódio deixo encolhido e torcido
Para que ele morra e desapareça

Meus pregadores são resplandecentes
E iluminam o meu varal de emoções
Pois que de tantos versos decentes
Esqueci-me de pendurar as minhas paixões.

Filipe Medon – Petrópolis / RJ

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Jussára C Godinho – Caxias do Sul / RS

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Varal

Penduro-me nesse fio
Onde meu corpo
Lavado,
Penetra intensamente
A minha alma.
Raios de sol
Revigoram minhas energias.
Fixo-me a pregadores
Que não me deixam ir.
Leve,
Solto,
Intenso.
Os ventos que tocam meu rosto
Transportam-me
Para outro plano...
Impacto profundo.

JG Poeta da Alma – São Paulo / SP

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Enquanto caminho em corda bamba
a minha vida o vento quem leva
e se faz sol, frio, chuva ou se neva,
roupas balançam, como quem samba

E mesmo que me chamem de camba
eu nunca me levo pela raiva
sei que se cair, caio na relva
relva que reflete a luz do âmbar

Onde o meu varal se localiza
é donde eu vislumbro a paisagem
é onde me bate a melhor brisa

leva rumo à mais bela viagem
mesmo que o caminho seja cinza
sigo no balanço e com coragem

Eduardo Carvalho – Petrópolis / RJ

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LÁGRIMAS AO VENTO

Deixo as lágrimas secando
ao sabor do vento,
para que se soltem, voem,
ao seu movimento.

E percam-se nos dias,
no esquecimento,
as horas vazias,
cheias de vazios momentos...

Deixo a alma ao sol,
estendida ao relento,
para que ressequem seus
inúteis lamentos.

E percam-se nos dias,
no esquecimento,
as palavras ditas
a sós, em pensamento...

Deixo a porta aberta aos sonhos
que se vão com o tempo.
Contemplo o vazio que aumenta,
mais e mais, por dentro.

E sem outro carinho
que não o silêncio,
embalo o amor, sozinho,
feito em frio, em falta, em vento.

- Pero Vás

 João Antônio Pereira - Porto Alegre / RS

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NOSSO VARAL

Quero falar sobre teu ciúme;
Exibi-lo em um varal,
Junto ao queixume,
E tudo que nos faz tanto mal.

Ideias loucas que assustam, como pendurar o amor em cordas no quintal.
Falta de tempo e de sintonização!
Pelas roupas íntimas a nos vigiar,
Como se fôssemos casados na intimidade de textos!

Palavras não se penduram num varal...!
Valorizadas seguem a versatilidade do ciúme e de queixumes...
Mesmo sem o querer de apenas uma forma de harmonizar,
Um cesto de roupa suja em nossa vida teremos que lavar.

Formalidade e frieza dançam conforme a música...
E a chuva que vem depressiva, lavando as palavras que se havia estendido.
Releve! Torça o verso para retirar o excesso.
Ao que ainda queremos neste universo, junte a sobra do amor!

Carmem Teresa Elias e Roma Magela

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Tiro o meu chapéu

O meu varal é eclético,
É Vida Real... É PoÉTicO...
E sempre acaba em SAMBA...
É Divino... Sobrenatural°°°
Tiro o meu cHApÉu...
CHEGOU...
A CONFRARIA DA POESIA INFORMAL!!

Felipe Quirino – Rio de Janeiro / RJ

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Varal

Era coisa normal
sujar roupas penduradas
disputando no quintal
as nossas peladas.

Vovó Alzira, não se importava
pois roupa se lava novamente
e além do mais ela amava
ver o seu neto contente.

Mas isso não me eximia da culpa
e de cabeça baixa, respeitosamente
pedia a ela mais de mil desculpas.
Vó "Zila" as aceitava carinhosamente.

Depois disso a bola voltava a rolar
num ritmo intenso daqueles de alucinar.
Mais um chute e que terrível azar!
Será que dessa vez a Vovó vai desculpar?

Alex Avena – Petrópolis / RJ

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Lucia Regina Ferrari Silva – São Leopoldo / MG

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Varal...

Essa cordinha envolvente me incita Sarau...
Preso assim, com fio de nylon na Praça Dom Pedro...
E eu ajeitando os pregadores e os poema com o Matheus José Mineiro.
Para mim, um pregar que tem som de melodia.
É assim, uma cheiro lavado de um novo dia... Aurora!
Mais que varal e sarau é CONFRARIA!
Arte, luz e magia... sempre, agora:
varal é vida, é sonho, é arte, é POESIA!

Luana Lagreca – Petrópolis / RJ
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terça-feira, 21 de agosto de 2012

TÁ TUDO PACIFICADO!!!


Durante o Oitavo Sarau da Confraria da Poesia Informal, realizado no dia 15 de agosto de 2012 no Estudio S de Música, os poetas cariocas Sérgio Gerônimo e Mozart Carvalho fizeram uma esquete teatral que falava da pacificação das favelas do Rio de Janeiro e sua promessa (?) de paz.
O mote "tá tudo pacificado" ficou ecoando na mente dos poetas do público  que, atentos, também começaram a questionar o quão o mundo pode ser pacífico ou não, nas guerras diárias da vida.
E daí, surgiu o nosso presente desafio!


Sérgio Gerônimo e Mozart Carvalho

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RAP DO PACIFICADO

Eu te pergunto meu irmão
tu lembra da inflação?
Merreca, moeda
corrupção
e o povo com o cú na mão...

E você cidadão civil
(desculpa) servil...
faz parte desse canil
que bebe de um cantil
um dia chamado Brasil...
Puta que o pariu!
E essa constituição?
Prá gente uma negação.
texto apenas, engodo, falácia
Verdadeira prostituição...

Mas o que importa meu bom
se as coisas não andam bem
sigo em frente mordendo a língua
sigo em frente sem ser ninguém...
E você cidadão servil
Bebe deste cantil
em terras de Pindorama
hoje chamadas Brasil...

Puta que o pariu!
Há... País pacificado...

E você que diz ser irado
Discurso de revoltado
tênis da Nike “no pé”
Há, há... Tá todo
P A C I F I C A D O.

Paulo Roberto Cunha - Petrópolis / RJ

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Leila Maria - Cruz das Almas / BA

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FERIDAS MAL CURADAS

O ser humano pode ser muito cruel
destroi, constroi, destroi, constroi...
e assim vai detonando os que tocam...
Fazem intervenções maldosas
Mandam todos se foderem
provocam reações em cadeia
com consequências desastrosas.
Em volta a multidão aplaude
percebe apenas o que lhe convém
protege os seus
nada vê além.
Aponta seu dedo e julga
mas não sabe o que dizem
abriu-se uma ferida mal curada
que volta a sangrar
feridas mal curadas se abrem a qualquer toque!!!
Choro uma lágrima sentida...

Tânia Montoya – Petrópolis / RJ

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AO MEU AMIGO POETA PAULO ROBERTO CUNHA

Ficar sério, não consigo
se ao riso eu sou provocado,
mas onde existe um amigo,
“tudo tá pacificado”.

Gilson Maia – Petrópolis / RJ


Na foto, Gilson com a boina do Paulo Roberto Cunha

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REVERSO

O deus arma cospe fogo
no jogo torpe e perverso
do reverso da medalha
A mortalha é a bandeira
da caveira sorridente
Rente é o corte
Sorte selada
O nada eclode
Explode a bomba
Em sombra erode
Erige o caos
de cáustica fúria
A injúria que entranha
Na sanha homicida
a bala perdida
que a vida é contra
encontra endereço
O preço 
O avesso do sonho
O avesso medonho
da luz de um sorriso
A paz
sepultada
no cavar das pás.

Jorge Ricardo Dias – Rio de Janeiro / RJ

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Jorge Ricardo Dias - Rio de Janeiro / RJ

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TÁ TUDO PACIFICADO

"Paz sem voz. Não é paz, é medo"
em meio ao caos, esquecemos dos lírios do gueto
no silêncio, a babylon te sorri, tenha cuidado
desconfie de tudo que tá pacificado
no mundo que aliados entram em conflito
o mínimo de contato gera o máximo de atrito
de trincheiras existências pedem algo mais
mudas gritam, em especulações irreais
sun-tzu chora, sem arte, sem guerra
por toda parte, ideia de bonaparte não mais impera
a guerra é lucida, mostra as feridas da terra
num suspiro de vida, a realidade berra
a falsa democracia mente
a maioria finge que entende
vc acredita em sonhos com cifrões alucinados?
prefira a guerra, ao ouvir dizer que tá tudo pacificado

ga(bri)el kopke – Petrópolis / RJ

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Alex Avena - Petrópolis / RJ

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MISÉRIA

Como posso ficar
Calmo com tanta gente
Passando fome.
Sem ter o que comer.
Só por pedir uma esmola
Ou um prato de comida,
Não seria bem mais fácil
Ajudar essas pessoas
Que passam fome?
Como é que as pessoas que tem dinheiro
Fica jogando comida fora sem pensar
Nessas pessoas que daria tudo 
Por um prato de comida
E um lugar para dormir.
Sem precisar de disputa
A marquise na Rua Tereza
É muito menor o pão que
Encontra nos latão de lixo.
Será que é tão difícil
Dar um prato de comida
Para quem tem fome?
Depende de cada pessoa
Que tem o poder nas mãos
Faz a sua parte
Só assim vai acabar
Com a miséria do mundo
E nós poderemos dizer que: 
está tudo pacificado

Alan Bastos Lima – Petrópolis / RJ

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TÁ TUDO PACIFICADO

De beleza suprema,
 com rosto de criança,
com o corpo de mulher
que a mente já balança.
A tarde já bem gostosa
espera o grande menino
do muro de olhos cansados
mas sempre doce e felino.
A vida pesa nos olhos,
lindos sobressaem no rosto,
 que forma a beleza criança
com todo seu brilho exposto.
Sua pele macia ceda,
veludo que sempre brilha
espero que conceda
pois nem sempre segue a trilha.
Cabelos de fios longos
que ao vento estão a bailar
esquecem que exalam cheiro
certo para te adorar.
Linda você por inteiro
o que passou é marcado
hoje só espera ouvir:
Tá tudo PACIFICADO.

Rodolfo Andrade - Petrópolis / RJ

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Pacificação já

Comemorar já
fingimento, não sei não
pacificar-se-á.

Só ficar falando
tudo passa dolorido
mas pacificando.

Cura com o tempo
avesso a contradições
só pacificações.

Cristal quando quebrante
a marca é eterna sim,
som pacificante.

Contrários a paz
tem medo de errar
não pacificar.

União a palavra
forte que une a poesia
pa-ci-fi-ca-ria.

O mantra é marcado
marca o aqui e agora
tá pa-ci-fi-ca-do.

Rodolfo Andrade - Petrópolis / RJ

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Paz

(a)mém
aos homens de coração
coroados de candura.
Paz
zen
na contínua impermanência
de tempos & espaços.
Paz
sem
meias palavras.

Ricardo Mainieri – Porto Alegre / RS

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TÁ TUDO PACIFICADO!

Estupradores violentam criancinhas
Reféns de seus instintos impensados
Freud explica! Monstros são absolvidos
Mas está TUDO PACIFICADO!

Prefeito faz cara de santo na telinha
E o povo é vilmente massacrado.
Tem na ponta da língua a ladainha
Finge que faz, fingimos ver... TUDO PACIFICADO!

Poetas “cagam merda” pelas ruas
Depois, em cena, impostam versos decorados
Falam de amor, de paz, de união, mas na rotina
Fodem o mundo... Ah, está TUDO PACIFICADO!

Políticos apertam mãos de velhinhas
E dão balinhas para um povo esfomeado
Que na burrice de suas limitadas perspectivas
Ainda agradecem... TUDO PACIFICADO!

Autoridades cobram comissões tão arbitrárias
Para a proteção que deveria ser legado!
E os eleitos a pagarem, chamam de aliança
Esse negro acordo... TUDO PACIFICADO!

Melhor ter uma escopeta, uma AR15
Alguns amigos do poder mais camuflado!
Que meu verso é pacificado...
Que meu mundo é pacificado...
Mas quem sabe eu precise de um “amuleto”
Para os que não entendem o significado!

Catarina Maul – Petrópolis / RJ

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LIBERTAS QUAE SERA TAMEN

Menino de Gaza,
Finge que a dor não existe;
Cerra os olhos…
E voa.

Edweine Loureiro – Japão

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Madrugada

a noite esquece de adormecer
olhos de gato iluminam
cada sonho
um gato preto na estrada
um silêncio
um prenúncio de alvorada
espalho sorrisos no ar enquanto aguardo a hora de te beijar
esqueço a rotina que me enterra
nessa hora, paro
tudo pacificado
teu olhar na minha alma
tua voz na minha cama
teia de aranha
e eu?
Pura chama

Deliamaris Acunha – Porto Alegre / RS

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“Tudo pacificado” II:

Sala de aula
no morro pacificado
pacifiquei meu olhar
pra não enxergar tua dor
menino cansado 
nessa guerra já és senhor
quem te faz assim idoso
com apenas 10 anos de estrada?
quem implanta essa agonia
na tua vida
no teu olhar
na tua sina?
menino cansado da guerra
dia a dia assim às cegas
passo a passo pro silêncio
paz incapaz de mudar
paz que não pacifica
morte fica
fica
pacifiquei meu olhar
pra não enxergar tua dor
mas ela invade meu sonho
no morro
eu desmorono

Deliamaris Acunha – Porto Alegre / RS

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PACIFICADO

Depois de tanto reclamar da sorte
de esperar a tal da morte
melhor mudar toda a história
pacificar a memória
tem que haver tempo pra amar!
Muito sangue, muita dor...
Falta ar, é um horror!
Não há a quem reclamar!!!
Não andamos, só corremos
Vivemos? Sobrevivemos!
Num mundo de tão pouco amor!!
Resolvo listar os sonhos,
meus amigos tão tristonhos...
tão sem nada a fazer.
Depois de tanto tiroteio
de viver intenso medo 
vejo difícil retorno.
Mas no fundo, lá no fundo 
perto, bem perto do ego.
Sinto meu corpo calar!
Queria mudar essa história,
fazer nova trajetória,
o mundo pacificar!

Fernanda Forster – Petrópolis / RJ

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É PRECISO TER UM MILHÃO

Descendo de cada morro
Com uma metralha na mão
O povo pedindo socorro
Vai rolar uma invasão.
Já cobriram com o gorro
A face da fúria e da repressão.
Em Planaltos tão centrais
Escorrem águas de cachoeiras
O exército vermelho quer mais
Poder em todas as fronteiras.
O dinheiro escorre, tanto faz
Vivam as velhas empreiteiras!
Nos morros, só há revolta
De quem sofre com a desigualdade
É um caminho sem volta:
É morrer ou seguir a marginalidade.
Agora é preciso de escolta
Para ter a pacificação da sociedade.
Em cada tribuna, em cada bancada
Há homens bem vestidos 
Na favela tão desesperada
Há pobres e bandidos.
Querem a paz armada
Querem que sejam punidos!
O bandido verdadeiro
Não se sabe qual é
Quem tem dinheiro
Não liga para ralé.
E o velho romeiro
Ainda acredita na fé...
A ganância segrega a virtude 
A estupidez cega a multidão
O medo exila a plenitude
O sistema exclui a união. 
Não adianta ter boa atitude
Para ter paz é preciso ter um milhão.

Filipe Medon – Petrópolis /RJ

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PAZ

Sublime estado de alma,
E de consciência coletiva,
Onde a harmonia impera,
Na mais absoluta essência da vida.
Bem aventurado aquele,
Que ao lidar com suas diversas faces,
Sublima suas emoções humanas
Em temperança e boa vontade.
Bem aventurados os que concebem,
Recolhimento ao seu infinito profundo,
E nesta meditação regozijante,
Pacificam o próprio mundo.
Sublime Estado D’Alma.
Harmoniosa temperança coletiva,
Sejamos, pois, guerreiros da Paz,
Aprimorando o Amor incondicional pela vida.

Douglas Rhamsés – Petrópolis / RJ

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SAUDADE QUE NÃO CABE

Quando sinto que não estás por perto
Minha paz finda
Dando lugar a uma dor infinita no peito
Fico assim
Suspensa de mim 
E nas constelações, vou procurá-lo
Procuro-te nas melodias que faço
Procuro-te nas poesias que crio
Procuro-te no limiar da loucura dos meus dias
E não é que o vento me leva até você?
Visito tua alma
Sinto tua energia
Que emana paz
Uma paz de calmaria, aconchego e alegria
Ah! a alegria
Que me faz ir ao infinito
E escorregar no arco-íris
Que dá no seu quintal
Do outro lado da rua
E com uma heroica coragem 
Entro em sua casa
pra dizer que a saudade não cabe mais em mim
Ela transborda
E quer você todos os dias.

Jane Marques – Petrópolis / RJ

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Ser fragmentado
Deserto de detalhes
Abandono
Cada um tecendo sua própria aliança
(Tá tudo pacificado)
Ser partido?
Onde está seu centro?
Não está mais em si
Perdeu-se nas coisas
(Tá tudo pacificado)
A palavra
Instrumento principal
da arte que liberta
sabotada
persuadida
persuadindo
(tá tudo pacificado)
Mas há um lugar
para o ser se encontrar
e se tornar inteiro
Ser ele o centro e verdadeiro
(e então pacificar)
Onde a palavra
nobre como ela é
tem lugar sagrado
Altar enfeitado
E se torna poesia
(para então pacificar)

Luciana Cunha – Petrópolis / RJ

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Paz-Ilusão

Nesse mundo de ilusão
Nem tudo que brilha é ouro, não.
Gente que parece gente?
Ih, tá cheirando a cão danado!
Mesmo assim, tá pacificado?

A peia come solta, meu irmão.
Não é mole não!
Quem vacila apanha mesmo.
Sobra pra tu a tal pacificação?

Todos sentados na boca do inferno
Clamando pela Paz,
Mas fazendo Guerra!!!

Ana Lucia Souza Cruz – Rio de Janeiro / RJ

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Dedo de Deus

Estamos no alto do morro,
Olhando pro "Dedo de Deus",
O povo pedindo socorro,
Pedindo à Deus... (O que?)

Paz, saúde, sabedoria...
Ó Pai por favor olhai
Nossas crianças,
Nossas famílias,
Salve o povo
E o pão de cada dia...

Eu não quero ver
O mundo padecer,
Insano e profano
Com mortes e guerras...

Eu só quero ver
A paz resplandecer,
Junto com o amor,
No Planeta Terra...

Eu só quero ver
A paz resplandecer,
Junto com o amor,
No Planeta Terra...

Junto com o amor,
Em nossas favelas...

Composição: Felipe Quirino, Chicão, Jhon Jhon e Marlon Assunção

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Pacificado será ???

Projeto no papel
UPP nas ruas
governantes cegos
policiais nas ruas

Subindo a favela
marginais viram a volta
bandidagem na tela
população revolta

Tá tudo combinado
tá tudo machucado
é sangue balas
tiro pra todo lado

Pacifica a dor
Pacifica o morro
pra daqui a pouco
começar de novo

Claudia Marinho – Petrópolis / RJ

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Se pudéssemos escolher!

Ouço...mas não quero ouvir;
Vejo...mas não quero ver;
Sinto o que não quero sentir;

Se pudéssemos escolher!

Gostaria de paralisar
as mãos frias do homem que atira;
trocar as palavras agressivas por gestos de Amor!
Mas não é assim...
Tenho que ouvir a notícia ruim;
Vejo mais um massacre
e sinto a tristeza que chega como uma bala;
como a bala que calou a boca;
como a bala que fechou os olhos
e estagnou os desejos do ser...
sentir já não pode mais.
Acabou!

Se pudéssemos escolher!
(tudo seria diferente!- Estaria tudo pacificado!)

Silvana Gonçalves Luiz – São Paulo / SP

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‎Pacificado

Se rotinas prevalecem
tudo está pacificado
a vida mantém seu curso
é rio onde desaparecem
cicatrizes que haviam ficado

quando mortas as ilusões
tudo estará pacificado
enfrentaremos o destino
sem pedras mas com canções
sem pressa nem desatino.

quando soltas as rédeas do tempo
tudo estará pacificado
viveremos ao sabor dos dias
a confiança como alento
em quase perfeita harmonia

quando aceitas as agruras
tudo estará pacificado
já não procuramos nada
despimos a armadura
somos bem mais que fachada

quando formos fortaleza
de amor desapegado
e soubermos apreciar a beleza
da vida como vier
tudo será pacificado.

Marizélia Finger – Porto Alegre / RS

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Pacificado?

Com suas armas em punho,
a pacificação chegou aos gritos
de “tá tudo pacificado”!
A tiracolo vieram os holofotes da tv,
Apontando para rostos de autoridades,
Muito bem maquiados.

Todos pensando estar enganando o povo,
e o povo deixando crerem que está sendo enganado.

Pergunto-te: Tá tudo pacificado?

Que paz é essa,
Onde as armas continuam a imperar?
Tiram nossa liberdade de ir e vir,
Nossa maneira de festejar.

O filme continua o mesmo,
só o elenco foi renovado.
Antes se misturavam aos figurantes (nós),
Hoje está uniformizado!

Pergunto-te: Tá tudo pacificado?

Luiz Santos – Rio de Janeiro / RJ

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Para mim
Paz se fica
Quando
Olhos não omitem
Quando mãos
Não demitem.

Para mim
Paz se fica
Quando
Coração emite
Opiniões de vida, apenas batendo,
Pulmão valoriza o ar ,apenas respirando,
Quando Kant decide
Que a razão paz se fique
O quanto Kantes.

Fernando Sousa Andrade – Rio de Janeiro / RJ

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Cordão e Ladrão: Tá tudo pacificado? 

E lá vínhamos pela avenida...
Dia de sol, turista, o verde e passos apressados.
Nem notei no ciclista,
Tantas cores, que é melhor caminhar.

Voltava para casa...
"Tudo parece ter uma cor especial
Quando se está de bem com a vida",
Dizia Bia. E paramos no sinal.

Ele abriu. Iniciamos a travessia...
O ciclista avançou em nossa direção,
Num movimento brusco, ingrato e malvado,
Arrancou minha bolsa e de meu pescoço o cordão.

Susto. Uma lágrima. Duas, três...!
Plataforma de dores é aceitar sem abnegação.
O inusitado nos aprisiona...
E o suspeito fugiu mais uma vez.

“Quem pode parar um rio que corre para o mar?!”
Quem reporá aquela medalha que ganhei quando a filha nasceu?!
Quem devolverá a suavidade de minha mãe bonequinha, dizendo: agora é a sua vez!
Quem reporá aquelas fotos de papai, em nossa última viagem?!

Modernidade.
Humanos misturados aos desumanos...!
Tudo abastado em meio à avareza
Maldade descarada que qualquer um traz à mão.

Homem fera...
A pior das criaturas soltas no Leblon
Babando por qualquer um, roubando em qualquer lugar,
Cachorro louco e sem coração!

De Magela/Carmem Teresa Elias – São Paulo / SP  e  Rio de Janeiro /RJ.

(Relato de fato verídico. Daí a indagação: tá tudo pacificado?)

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Que deverá ser pacificado?

Ah, essa paz que é como um jogo de dardos!..
Mirando o certo alvo... e atirando objetivamente...
Deixando o medo aprisionar a gente, nas telinhas
– PRESA, A MENTE.
Apressadamente - “Plin, plin!”...
e o consumismo toma conta das ondas...
...Nos cabos de “filantropia”...
nada de poesia, nessa telinha.
E menos ainda filosofia!

E ainda não nos demos conta de onde vêm os dardos...
Fardos, que nos deixa fadados ao “acaso direcionado”.
A alea pré-moldada social, que vem em forma de telejornal,
assim, “querendo levar apenas informação”...

Como quem não quer mais nada,
(afinal o que se pode querer se se morre a qualquer momento por bala perdida)
a mercê desse medo que nos cala,
A TELA, aquela coerção nos passa.
Sentamos em frente a TV,
vendo as guerras do mundo,
vendo o quanto é imundo viver!
Com isso deixamos de lado a paz que grita em nós...

E o nosso sonho atroz, como alcançar se as telas nos dizem?:
“Há tiros pra todos os lados!!! E o mundo precisa ser pacificado.”

Que está pacificado em nós?

Olhem, é fato!
Condicionamo-nos a esse “acaso pré-moldado”
que nos aprisiona, arrancando-nos a voz.

Não sei não, mas algo me perece errado!...
Se a paz é esse “dardo do acaso pré-direcionado”...
Mais um boba coerção do Estado, fato!

Que deverá realmente ser pacificado,
além de nós?

Luana Lagreca – Petrópolis / RJ

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Rodolfo Andrade - Petrópolis / RJ

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sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Oitavo Sarau da Confraria da Poesia Informal

Realizado no Estudio S de Música, nossa casa, o Oitavo Sarau teve alguns momentos muito especiais.
Comemoramos o primeiro aniversário da CPI nele, assim como o lançamento do meu livro de poesias Intensa.
Tentamos fazer uma decoração folclórica e estreiamos nosso projeto "Colcha de Poemas", plagiado das amigas de Porto Alegre, com permissão de Zaira Cantarelli.
Recebemos os confrades Greg J G Poeta de Alma (SP), Maria do Carmo Bomfim, Sérgio Gerônimo e Mozart Carvalho (os três do RJ).

As fotos explicam melhor nossas emoções incontáveis.

Feliz aniversário de um ano, CPI, nossa doce menina sapeca, precoce, corajosa, obstinada! Vencedora!












Nada melhor que lançar um livro de poemas com nossos irmãos da poesia!











Decoração primorosa, feita com carinho e com afeto para colorir os olhos dos que nos abraçam!












Apresentação maravilhosa de Sérgio Gerônimo e Mozart Carvalho
TÁ TUDO PACIFICADO!!!








E o João Fernandes, do BAR, nos brindou com magnifica apresentação.




E as nossas declamações (com depoimentos)



"Irmandade, Confraria!
Para os que creem, caminho!
Não há de seguir sozinho
um só filho da poesia,
um só coração diamante
que bebe da transbordante
fonte que não reluzia
antes de sabermo-nos parte
desse escritório de arte
batizado Confraria!!!"














 "Gostaria de compartilhar minhas impressões do último sarau que tivemos. Particularmente, o sarau foi de uma riqueza cultural maravilhosa, forte e intensa . Quieta no meu canto, pude observar e absorver preciosidades poéticas e culturais de diferentes trupes que vieram nos visitar e deixar sua essência. frases que marcaram:
" ....tá tudo pacificado..".
"...a poesia nos salva..."
Conheci també um artista de circo que estava encantado com tudo que estávamos realizando. Eo poeta que recitou um poema expressando o simples desejo do artista em ter um espaço pra fazer sua arte? Expressou exatamente a falta de apoio das autoridades.
E nós, os confrades? Recitamos nossos poemas com uma platéia atenta e interessada. Tudo isso me fez pensar o seguinte, a cultura é dinâmica e a poesia reverbera sua força.Une teatro, circo, música e a vida.
Viva a poesia e a cultura, pois ela nos salva."
















Momentos!