LUA BREVE
Lua linda, desenhando as montanhas,
Calma, solidária com nossos pensamentos,
Virtuosa e paciente a nos ouvir.
Quem nunca sob a luz da lua,
Revelou um desejo, fez um desabafo,
entregou uma lágrima...?
Divina encantadora,
A pratear nossos cabelos prateados,
Ilustre, imponente e nostálgica...
Quem jamais ao vê-la,
Sentiu-se menino, sonhou acordado,
Relembrou o passado...?
Lua cheia:
Cheia de vida,
Cheia de luz,
Repleta de amor.
Lua branca, plena de paz,
Mãe de toda calmaria...
Lua infinita e de tantos alentos,
Detentora de todos os segredos...
Minha linda lua breve,
Tu que és bálsamo e carinho,
Permita-me olhar-te outra vez.
Asilo
Andar lento, ombros caídos,
O mundo repousa sobre eles ...
Por entre as flores tênues de um bosque tranquilo
Aroma de saudade a recordar os tempos idos.
Passos lentos, tarde fria...
Sol que brilha, sem aquecer um coração
Vida vazia,
Quanto tempo inda te resta?
Corpo caído, céu sem brilho
Tarde fria à receber a multidão.
Gente vazia,
Não compreendem,
O que o matou...
...Foi
A solidão.
Mulher
Tu,
Sublime criatura,
Instrumento divinal
A conceber nossa existência...
Em teu ventre,
Este oceano acolhedor que nutri e gera o mundo,
A própria vida se renova...
Ao te deixarmos
Todos os sons, todas as cores nos assustam,
Então, tua impressão em nosso olfato nos acalma...
Mulher:
Esplendor escultural,
Cândida e bela.
Convicção inexorável que és puro amor...
Em teu percurso,
Suas escolhas são tão nossas...
Em tuas mãos os seus afagos... Nosso norte!
A orientar-nos por caminhos ignorados... (tantas vezes)
Mulher, tu que em teu carinho se agiganta,
Abraça o mundo que é tão teu por teu valor
E cuida que a vida em tua vida se renove, posto que,
Em teu ventre-oceano, vive em plenitude o nobre amor.
Procura
Teu cheiro
Fica em mim mais do que tudo...
E é a tua voz
O som que me acalma...
Mas se te deixo
Por força das circunstâncias
Me arrependo
E a saudade me devora
Vejo-te em quase tudo...
Só não,
No que desagrada o coração...
Mas sigo em frente
Nesta vida conturbada
Desenfreada à procura de você.
Copacabana
És tu Copacabana a mais atraente das nobrezas
Teu mosaico em pedras portuguesas
Acolhem intermináveis passos
(libertos daquela pressa constante...)
E o tempo, tão cruel noutros lugares, aqui
Impregnado de teu sal, eterniza cada instante.
Princesinha de um mar apaixonado
Que a cada encontro, compõe nova melodia...
Envolve-nos num clima de magia
Tanto quanto, nos remonta ao passado.
Em ti, Copacabana, nós nos perdemos
E nos encontramos em tua poesia...
Sob os traços dourados de um sol que é só teu, vivemos...
E nossas vidas anônimas, são tomadas por tua maresia.
Teu expansivo mar em branca espuma,
Perfuma nossas almas que se alimentam de ilusões...
Porém, é tua carícia sobre a areia tal qual a pluma,
Que faz de ti Copacabana, lugar querido de todas as paixões.
Um comentário:
Estou muito orgulhoso pelo pai poeta que tenho! Esse cara escreve muuuuito!!! :D
beijos Pai!!
Marcos Paulo.
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