sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Verde

Durante um encontro na casa de Catarina Maul, surge o primeiro desafio de 2014 : VERDE



Verde Ver-te Verdade

Pra que não dizer
Que não há uma ponta de esperança?
Dessas janelas abertas como olhos
Fitando horizontes de promessas
Eu me apego à última folhagem 
De um muro coberto de heras
E lá estava o inseto canto
Última sinfonia do dia
Tão esperança, inata
Que o verde se fez
Uma só bandeira
Do Esperanto.

Giancarlo Kind Schmid
Petrópolis/RJ.
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Lindos olhos verdes

Eu vejo o teu lindo olhar,
verde da mata e campina;
fico encantado a sonhar
com teu semblante, menina.

O mesmo verde dos mares,
de magias e segredos.
Mesmo verde dos pomares,
das ramas dos arvoredos.

Eu lembrei-me de um poeta*
que olhando alguns olhos verdes,
antecipou-me, o profeta:
- Amor, “por que me não vedes?”

*Luiz Vaz de Camões (“por que me não vedes?”) no seu poema Menina dos Olhos Verdes.

Gilson Faustino Maia
Petrópolis/RJ
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Um belo resultado

Pintei meu céu de azul
Recriei as fantasias
Preferi assim ficar
Cansei de monotonias

Com o amarelo solar 
Iluminei o amor
Ouvi canções, ganhei flores
Não há espaço para dor

Mas lá, bem lá no fundo
Misturei as duas cores
A vida ficou mais bela
Revivi novos amores

Juntei o azul do céu
Com o brilho do amarelo
Surgiu o VERDE esperança
E com ele o que mais quero

Fernanda Forster
Petrópolis/RJ
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Verde que eu quero ver-te!
Me dá sombras e frutos
Permite a fotossíntese
Me encanta o verde clorofila
Abastece as rochas com cachoeiras
Cheiro de mato

Sábia natureza
Na sua cor nossa esperança
Que caia por terra a arrogância
Que o vento leve a ganância
O homem não entendeu
O animal absorveu

Crianças nos bosques e parques
Olhares puros contemplam pela curiosidade
Brincar de ser árvore
Abraçar troncos de tanto encanto
Cheirar flores do campo
Biodiversidade

Luís Antônio Santos
São João del Rei/MG
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Verde e pétalas

No começo um vermelho, talvez um perigo
Não acarretava tanto mau, mas incomodava.
Não me oferecia nada, não sentia um abrigo
E as palavras nada somavam, e eu duvidava.

O tempo descoloriu esse rubro e o desnudou
E tornou-se um amarelo, me propus à espera.
Com o pé-atrás, foi isso que o mundo ensinou
E vi indícios da ida do inverno, vi a primavera.

E de repente tudo me pareceu verde, eu flori.
Passei a enxergar as pétalas que me ofertava
Pude entender que desde sempre me amava.

E foi nesse semáforo de vida que eu entendi
Receio rubro é breco e dosado se faz clarão
Na espera amareleci; agora é verde coração.

Raquel Ordones
Uberlândia/MG
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Verde metafórico

Metáfora de sonhos
sentida na vida
são gotas marcadas
que buscam detalhes

Um simples sorriso
agora real
transmite alegria
da esperança sentida

O silêncio é parte
do todo no tudo
em meio à floresta
que se faz deslumbrante

A dor que se fez presente
hoje está longe
a milhas de distância
a galopes de medo

No sonho tudo é verde
e o ar se faz puro
com todo esplendor
da selva pulmão do mundo.

Rodolfo Andrade
Petrópolis/RJ
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O desafio é verde.
Mas o coração sangra.
Com a dor das matas que não respiram.

O desafio é verde.
Tem esperança.
Não se cansa de verde ser.

O verde desafia a maldade.
Dos que o aprisiona.
Sem respeito.
Sem amor, verdejante ser.

Verde que corre rios.
Sangra a lua do guerreiro silenciado.
Mostra a vida sofrida.

Verde terra.
Verde luz.
Verde Brasil.

O ouro aquece riquezas.
O azul é céu e povo.
Branco, de paz que agoniza.
Verde que te quero verde.

O desafio.
Tem verde, verde Amazônia.
Verde vida, verde gente.

Desafiar o verde.
É ter certeza.
Que ele jamais.
Se mudará de sua cor...


Regina Marques dos Reis González
Rio de Janeiro/RJ
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Vai mundo, agarra o verde que resta!...

E quantos bichos nas matas mataram?
E quantas mais florestas devastaram?
Fazem de pasto para a criação
de gado, qual provoca uma erosão!

Ó meu mundo, que te quero ver verde!
Em verdejantes matas ora perde
Todas as cores, árvores e flores,
Ser vivo morto; secas em açores!

Eu quero o melhor mundo pro meu neto!
Futuro bom, que possa ter um teto...
Qual haja vida longa pra floresta!

Responsabilidade social
É pra todos! Pra ter-se um bom final!
Vai mundo, agarra o verde que ainda resta!...

© SOL Figueiredo
Campos dos Goytacazes/RJ
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Mata verdejante

É nesta mata verdejante, eu canto
Um canto de amor e amizade; um Sol
De encantos com brilhante girassol...
A luz nos aproxima, um acalanto...

Verdades santas, ora já suplanto,
Por tanto amar, sem ter um arrebol,
As alegrias reunidas num só rol...
Voando eu vou... Cada voo, novo canto...

Encantos, a Natureza revela
Ao Homem que não preserva, nunca zela...
Que um dia irá se esgotar e acabar...

Então, me diga: o que será, será...
Pros meus netos, bisnetos... Sobrará,
Se agora cada um não a preservar?

SOL Figueiredo
Campos dos Goytacazes/RJ
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