domingo, 8 de abril de 2012

PÁSCOA



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Comoção

"Comovente"
Esse sentimento
Que no momento
Se faz latente

Mas do que se trata
Não me vem à memória
Não me recordo a história
De quem morre ou quem mata

Remorço, arrependimento
Choro, tristeza e tormento
Cálice amargo, desprendimento
Entrega, morte e renascimento

INRI
Lança
Vinagre
Escárnio

Alex Avena


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Ressurreição

Começo 
recomeço 
vida 
infinita. 

Alegria 
indolor 
paixão 
ilimitada. 

Começo 
novo 
Ele 
renasceu.

Rodolfo Andrade

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Durante a 2ª Guerra Mundial, Irena Sendler conseguiu uma autorização para trabalhar no Gueto de Varsóvia, como especialista de canalizações. Mas sabia quais eram os planos dos nazistas relativamente aos judeus e (sendo cristã e alemã trazia crianças escondidas no fundo da sua caixa de ferramentas e levava um saco de sarapilheira na parte de trás da sua caminhoneta (para crianças de maior tamanho). Também levava na parte de trás da caminhoneta um cão a quem ensinara a ladrar aos soldados nazis quando entrava e saia do Gueto. Os soldados não queriam nada com o cão e o ladrar deste encobria qualquer ruído das crianças. 
Enquanto conseguiu manter este trabalho, retirou e salvou cerca de 2.500 crianças. 

Por fim os nazistas apanharam-na. Foi presa pela Gestapo e levada para a prisão de Pawiak, onde foi brutalmente torturada. Num colchão de palha encontrou uma pequena estampa de Jesus com a inscrição: “Jesus, em Vós confio”, e conservou-a consigo até 1979, quando a ofereceu ao Papa João Paulo II.

Ela suportou a tortura e negou-se a trair seus colaboradores ou as crianças ocultas. Quebraram-lhe os ossos, mas não conseguiram quebrar a sua determinação. Já recuperada, foi condenada à morte. Enquanto esperava a execução, um soldado alemão levou-a para um "interrogatório adicional". Ao sair, gritou em polaco: "Corra!".

Esperando ser baleada pelas costas, Irena contudo correu por uma porta lateral e fugiu. No dia seguinte, já entre amigos, encontrou o seu nome na lista de polacos executados que os alemães publicavam nos jornais. Irena continuou a trabalhar com uma identidade falsa.

Ela tinha um registo com o nome de todas as crianças que conseguiu retirar do Gueto, que guardava num frasco de vidro enterrado debaixo de uma árvore no seu jardim. 
Terminada a guerra tentou localizar os pais que tivessem sobrevivido e reunir a família. A maioria tinha sido levada para as câmaras de gás. Para os que tinham perdido os pais ajudou a encontrar casas de acolhimento ou adoção.

De: Renato De Mattos Motta






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