segunda-feira, 12 de março de 2012

GARRAFAS, BENDITAS SEJAM!

Por falta de um espaço gratuito, público e adequado para a realização dos saraus da Confraria da Poesia Informal, que não nos coloque em função de conseguir liberações morosas através de oficios e mais oficios, conversando com os proprietários de um bar, falei do nosso projeto. Os mesmos disseram prontamente que a eles interessava a realização de nosso sarau lá. Fui ao nosso grupo dar a noticia, mencionar a possibilidade e fiz, como sempre uma brincadeira em nossa colocação:
- Bem, gente! O local é um bar.... e tem o nome de Bendita  Garrafa. Como aqui adoramos um bar e temos uma simpatia peculiar pelas garrafas, acho que todos vamos gostar!

Pronto. Foi o suficiente para que as cabecinhas embriagadas de poesia dos confrades começassem a funcionar.
Se vamos fazer o evento lá, ainda não temos certeza, pois vou resolver isso numa  reunião, mas pra gente, tudo vira poesia.


BENDITA GARRAFA

Ó Gênio da garrafa, essa mensagem
que tu trazes me anima o coração!
Companhia gentil na solidão,
reforço sem igual para a coragem.

Companheira constante na viagem
que faço nesse mundo de ilusão,
o remédio pras dores da paixão,
oasis verdadeiro, não miragem.

Ó Bendita Garrafa! A madrugada
traz lembranças, tristezas do passado,
a ida sem retorno ao caos, ao nada

e me torna um poeta injustiçado.
Vem, ó Gênio, minh’alma está cansada
de esperar teu conselho, teu recado.

Gilson Faustino Maia

.........................

 

 
Pra lá que eu vou

Bendita tu és aqui
de formas mirabolantes,
de conteúdos gostosos,
... marcados sempre marcantes.

Convidas a alegria
com alívio da dor,
certeza de companhia
quando se vai o amor.

Aqui lágrima sofrida
leva para lá, bem longe
tem cura toda ferida.

Em momento de estafa
não ligo vou a caminho
vou pro Bendita Garrafa.

Rodolfo Andrade

............................



Embriaguez

Não aceito esta ausência,
Não admito!
Tantos eram os caminhos,
... Não havíamos chegado ao fim...

Agora? Agora recuso!
Este brilho fácil deste teu sol sem graça,
Deste teu céu (azul sei lá o que)!?
Não aceito esse cálice, não..., não aceito!

Cale-se!
Cale-se!
Quer me enlouquecer?
Quer me enlouquecer?

Hahahahahaha
Hahahahahaha

Aqui, aqui, garson!?!
Mais uma garrafa...
Quero me afogar!

Hahahahahaha
Onipotente!
Hihihihihihihihi

Ditador!
Nos dá, depois tira...
Hahahahihihihihaha
Psiu..., Psiu..., Cale-se!
Paulo Roberto Cunha

 





Nenhum comentário: