quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

O Grito

Motivado pelo Grito Rock, evento que tem acontecido anualmente em Petrópolis com a participação da Confraria da Poesia Informal, O GRITO é o tema do primeiro fanzine de 2014 da CPI. E os poetas gritam em versos.



Grito

Grito por detrás do muro
por debaixo da ponte
entre almas sofridas
no silêncio vazio

Grito, por ti
por te ver chegar
por te ver partir
ou chorar

Ouço seu grito
perdido no ar

Um grito contido
em salas vazias
na mesa incerta
de quartos
repletos de pessoas
que gritam para dentro

Que sufocam sonhos
matam palavras
largam na calçada
o grito de quem
deixou de sentir
a liberdade

Solte seu grito
Irrigue seu vociferar
quando a vontade chegar
seu grito irá ecoar.

Daniela Valadares Aleixo
Petrópolis/RJ
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O Grito

No meio da noite, um grito...
Seria uma alma penada?
Um espírito aflito?
Arrepio infinito!
Que nada....
Fui eu que na madrugada
acabei dando uma topada.

Elciana Goedert
Curituba/PR
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O Grito

Agonia musical em dó maior
Trilha sonora que irrompe da alma
Em forma de dor e aflição
Impede a tão sonhada calma.

Grito da alma... Grito por mais calma!

Dos males, o menor
Manifesto através da voz
O que se passa no coração
Consumida pelo sentimento atroz...

Eu grito até sem voz, no silêncio podem me ouvir!

A fúria que queima na garganta
É abafada pelo medo intermitente
Gerando agudos, líricos e guturais
Mistura de sons estridentes...

Meu grito pelos corações confinados e restringidos com ou sem razão aparente!

São gritos incessantes de
uma revolução interna iminente.
Proibida a visitação e rotina,
Prisioneiros da mente.
Somos máquinas treinadas,
Gado pronto pro abate,
Clamando por um GRITO de Libertação!

Elen Pezzuto
Petrópolis/RJ
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 Grito

Estridente:
O grito é uma
Agulha na glote

E na falta da morte
Na súmula da úvula
A língua é um serrote.

Giancarlo Kind Schmid
Petrópolis/RJ.
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Aos berros

Eis que passo a gritar um impropério,
(foi tudo o que essa vida me ensinou).
O seu grito e o meu grito, sem critério...
Veja, agora, do amor, o que restou!

Gilson Faustino Maia
Petrópolis - RJ
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Incompreensão

Eu gritei: meu amor espere um pouco!
Eu gritei, eu gritei e fiquei rouco
e ela nem quis escutar.
Mas agora ela diz: você não quis,
fiz tudo para a gente ser feliz!
Como entender ou explicar?

Gilson Faustino Maia
Petrópolis/RJ
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Jorge Ricardo Dias
Rio de Janeiro/RJ
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Grito reativo

Como fio desencapado, reajo.
Como um grito que irrompe meu silêncio.
Na brandura que me cerca, assim desejo.

Me atingem na minha paz.
Não penso muito, grito.
Definitivamente, meu sossego aqui jaz.

Ações que vem de fora, sem me avisar.
Por isso eu grito.
Abruptamente, me irrito.

Luís Antônio Santos
São João del Rei/MG
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Luiz Santos
Rio de Janeiro/RJ
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Um grito parado no ar

Acordo na noite com a luz do luar
A luz vazia da cor de seu olhar
O som que eu ouvia quase sem notar
Era apenas um grito parado no ar
E eu , aqui deitado tentando sonhar
Eu subo as escadas a te procurar
Não vou, não devo, não posso voltar
Mas paro e penso, fico a relembrar
O tudo que houve, pra me apaixonar
Seu riso contido, braços a me apertar
Na pele havia um fogo a queimar
Seu corpo tão lindo a me enfeitiçar
Ideias, poemas, sempre a me encantar
Mil sonhos perdidos nesse delirar
E se desmancha nos meus olhos
Uma lagrima teimosa tentando bailar
Na vida as vezes pareço escutar
Um grito "te amo e eu quero voltar”
Não , não quero, não posso escutar
Lá fora tem um mundo querendo parar
No peito saudades, vontade de amar
Eu fecho as vidraças para não escutar
O som de um grito que parou no ar

Luizão Bernardo
Seropédica/RJ
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Grito não a tudo que me impede de ser poesia...

GRITO
GRITO, GRITO, GRITO
Um não bem alto
Sem culpa
Sem remorso
Eu GRITO
Para o mundo ouvir
O meu não
Um não que liberta
Das amarras da dor
De sujeitar-se
A ser aparência
E não essência
Grito o não da liberdade
De ser quem sou
Um tudo, um nada
Que se completa
Com o teu tudo e o teu nada
Grito não à falsidade
Grito não ao preconceito
Grito não à opressão
GRITO, GRITO, GRITO
Grito não bem alto
Para um dia dizer sim a tudo que for avesso a isso...

Mary_Mariana de Oliveira
Petrópolis/RJ
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Grito

Desespero da alma
Que muitas vezes clama
Por um pouco de atenção
Talvez até mesmo uma paixão

Defesa do medo
Que não hesita em aparecer diante do perigo
Salvando-nos através de seus desatinos
Auxiliando nos caminhos do destino

Ferramenta da mente
Que não se cansa de plantar a semente
De todas as ideias mirabolantes
Que surgem nas situações mais intrigantes

Reação da vida
Que não sabe o que fazer diante do acaso
Apresentado pela vida sem nem ao menos avisar
Mas com surpresas que para sempre iremos lembrar

Oberdan de Lima Cunha
Petrópolis/RJ
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Raquel Ordones
Uberlândia/MG
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Decisões 

Gosto
exposto
sabor
magia.

Sonhos
perdidos
viram
estórias.

Vida
vivida
aqui
agora.

Decide
sentir
querer
viver.

Hora
extrema
sabor
latente.

Tempo
silencio
espero
GRITO.

Rodolfo Andrade
Petrópolis/RJ
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Um ano de dor em Santa Maria!

Hoje está fazendo um ano do incêndio em Santa Maria. Uma tragédia sem solução!
Eu fiz essa homenagem aos meninos mortos no ano passado, um crime que ainda não teve ninguém punido, apenas as famílias desses meninos que foram punidas!
Até quando ficaremos calados?!

CALO-ME! - Canto VI

Calo-me ao ver tantos meninos mortos,
Seus corpos tão queimados pela chama!
Dói-me vê-los no Estádio de Desportos...
Suas famílias sofrendo... nesse drama...

Aqui, nesse país, tudo é assim,... torto...
Se há Lei, ninguém respeita, nem reclama!
Pior, não ter Direito: - Já está morto!
Justiça? Não existe... O povo clama!

Calo-me com a injustiça e não falo!
Na mente algo atiça... Pisa no calo!
Dói-me dor doente, frequente e mente...

Mente dizendo que está tudo certo!
Mentira, não há lei, nem rei por perto!
Santa Maria quer Justiça... Urgente!

Calo-me, calo-me... Calo-me!

Sol Figueiredo
Campos dos Goytacazes
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Grito de dor

São tantas nuvens negras, descaminho...
Preciso de um milagre em minha vida,
Curando a minha dor dessa ferida,
Meu coração carente quer um ninho!

Por isso eu grito, grito por carinho,
Eu grito ao Salvador mui abatida,
Preciso de senti-Lo na acolhida,
Só nEle encontrarei o meu caminho!...

Sou seca de alegria, sou só dor
Sou chuva em noite fria... Ó Senhor!...
E a cada dia-a-dia, até dói mais...

Vivendo sem ter companhia, só...
E sei que um dia, eu virarei um pó,
Deixando pra trás toda dor... Jamais!...

SOL Figueiredo
Campos dos Goytacazes/RJ
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sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Verde

Durante um encontro na casa de Catarina Maul, surge o primeiro desafio de 2014 : VERDE



Verde Ver-te Verdade

Pra que não dizer
Que não há uma ponta de esperança?
Dessas janelas abertas como olhos
Fitando horizontes de promessas
Eu me apego à última folhagem 
De um muro coberto de heras
E lá estava o inseto canto
Última sinfonia do dia
Tão esperança, inata
Que o verde se fez
Uma só bandeira
Do Esperanto.

Giancarlo Kind Schmid
Petrópolis/RJ.
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Lindos olhos verdes

Eu vejo o teu lindo olhar,
verde da mata e campina;
fico encantado a sonhar
com teu semblante, menina.

O mesmo verde dos mares,
de magias e segredos.
Mesmo verde dos pomares,
das ramas dos arvoredos.

Eu lembrei-me de um poeta*
que olhando alguns olhos verdes,
antecipou-me, o profeta:
- Amor, “por que me não vedes?”

*Luiz Vaz de Camões (“por que me não vedes?”) no seu poema Menina dos Olhos Verdes.

Gilson Faustino Maia
Petrópolis/RJ
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Um belo resultado

Pintei meu céu de azul
Recriei as fantasias
Preferi assim ficar
Cansei de monotonias

Com o amarelo solar 
Iluminei o amor
Ouvi canções, ganhei flores
Não há espaço para dor

Mas lá, bem lá no fundo
Misturei as duas cores
A vida ficou mais bela
Revivi novos amores

Juntei o azul do céu
Com o brilho do amarelo
Surgiu o VERDE esperança
E com ele o que mais quero

Fernanda Forster
Petrópolis/RJ
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Verde que eu quero ver-te!
Me dá sombras e frutos
Permite a fotossíntese
Me encanta o verde clorofila
Abastece as rochas com cachoeiras
Cheiro de mato

Sábia natureza
Na sua cor nossa esperança
Que caia por terra a arrogância
Que o vento leve a ganância
O homem não entendeu
O animal absorveu

Crianças nos bosques e parques
Olhares puros contemplam pela curiosidade
Brincar de ser árvore
Abraçar troncos de tanto encanto
Cheirar flores do campo
Biodiversidade

Luís Antônio Santos
São João del Rei/MG
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Verde e pétalas

No começo um vermelho, talvez um perigo
Não acarretava tanto mau, mas incomodava.
Não me oferecia nada, não sentia um abrigo
E as palavras nada somavam, e eu duvidava.

O tempo descoloriu esse rubro e o desnudou
E tornou-se um amarelo, me propus à espera.
Com o pé-atrás, foi isso que o mundo ensinou
E vi indícios da ida do inverno, vi a primavera.

E de repente tudo me pareceu verde, eu flori.
Passei a enxergar as pétalas que me ofertava
Pude entender que desde sempre me amava.

E foi nesse semáforo de vida que eu entendi
Receio rubro é breco e dosado se faz clarão
Na espera amareleci; agora é verde coração.

Raquel Ordones
Uberlândia/MG
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Verde metafórico

Metáfora de sonhos
sentida na vida
são gotas marcadas
que buscam detalhes

Um simples sorriso
agora real
transmite alegria
da esperança sentida

O silêncio é parte
do todo no tudo
em meio à floresta
que se faz deslumbrante

A dor que se fez presente
hoje está longe
a milhas de distância
a galopes de medo

No sonho tudo é verde
e o ar se faz puro
com todo esplendor
da selva pulmão do mundo.

Rodolfo Andrade
Petrópolis/RJ
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O desafio é verde.
Mas o coração sangra.
Com a dor das matas que não respiram.

O desafio é verde.
Tem esperança.
Não se cansa de verde ser.

O verde desafia a maldade.
Dos que o aprisiona.
Sem respeito.
Sem amor, verdejante ser.

Verde que corre rios.
Sangra a lua do guerreiro silenciado.
Mostra a vida sofrida.

Verde terra.
Verde luz.
Verde Brasil.

O ouro aquece riquezas.
O azul é céu e povo.
Branco, de paz que agoniza.
Verde que te quero verde.

O desafio.
Tem verde, verde Amazônia.
Verde vida, verde gente.

Desafiar o verde.
É ter certeza.
Que ele jamais.
Se mudará de sua cor...


Regina Marques dos Reis González
Rio de Janeiro/RJ
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Vai mundo, agarra o verde que resta!...

E quantos bichos nas matas mataram?
E quantas mais florestas devastaram?
Fazem de pasto para a criação
de gado, qual provoca uma erosão!

Ó meu mundo, que te quero ver verde!
Em verdejantes matas ora perde
Todas as cores, árvores e flores,
Ser vivo morto; secas em açores!

Eu quero o melhor mundo pro meu neto!
Futuro bom, que possa ter um teto...
Qual haja vida longa pra floresta!

Responsabilidade social
É pra todos! Pra ter-se um bom final!
Vai mundo, agarra o verde que ainda resta!...

© SOL Figueiredo
Campos dos Goytacazes/RJ
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Mata verdejante

É nesta mata verdejante, eu canto
Um canto de amor e amizade; um Sol
De encantos com brilhante girassol...
A luz nos aproxima, um acalanto...

Verdades santas, ora já suplanto,
Por tanto amar, sem ter um arrebol,
As alegrias reunidas num só rol...
Voando eu vou... Cada voo, novo canto...

Encantos, a Natureza revela
Ao Homem que não preserva, nunca zela...
Que um dia irá se esgotar e acabar...

Então, me diga: o que será, será...
Pros meus netos, bisnetos... Sobrará,
Se agora cada um não a preservar?

SOL Figueiredo
Campos dos Goytacazes/RJ
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quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Confraria da Poesia Informal - 2º aniversário

A CPI faz aniversário. São dois anos de sucesso e os poetas demonstram em versos o amor, a alegria, toda a emoção de se fazer parte dessa linda história de amor à POESIA 




Agradecimento

Já se foram dois anos de CPI
Tanta história em poucos dias
Enquanto eu observava daqui
Inúmeros saraus e suas alegrias

Nela ingressei sem formalidades
Reduto de prosas, rimas e versos
Onde encontrei poesia e amizades
Além de desafios dos mais diversos

Uma paranaense, aprendiz de poeta
Na Confraria só ganhou experiência
Encontrando seu lugar no planeta

Hoje venho agradecer a convivência
O apoio para prosseguir com a meta
De escrever poemas com excelência

Ciça (Elciana Goedert)
Curitiba – PR
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Virturreal

Certo dia, por aí
Alguém veio me falar
De uma tal de CPI
De um sarau em algum lugar
Eu pensei então: tá aí
Tudo que eu queria achar

Uma rede de poetas
E possíveis amizades
Tanta gente e uma meta:
Escrever com liberdade!
Virtual, Real, completa
Tudo aqui na minha cidade

Então fui ao Virtual
E pluguei na Confraria
Me encantei, fui ao Sarau
Tinha música e poesia
Então vi que era Real
Um momento de euforia

E o tempo foi passando
E aumentando o seu acesso
Muita gente se achegando
Tanta prosa e tanto verso
São dois anos completando
Um caminho de sucesso.

Luciana Cunha
Petrópolis - RJ
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Uma nobre ideia

Dois anos de palavras
perfeitamente casadas
que brotam na mente
de sensíveis poetas.

Uma semente benéfica
que enraíza por olhos
sensíveis dos amantes
Ternos, apaixonados
Extraindo-lhes lágrimas

Uma nobre ideia surgiu
Dois anos se passaram
E os amantes em literatura reservados
Ao amor incondicional se afirmaram
Personagem principal desses versos
Nasceu
Em confraria
Confraria informal!

Daniela Valadares / Carmem Teresa Elias
Rio de Janeiro – RJ / Petrópolis – RJ
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Dois Anos

Hoje queria comemorar...
Queria brigar e fazer as pazes.
Queria poder soltar num grito todas as feridas
E como um louco arrancar essas gazes.

Queria poder libertar mansamente a palavra
Que tanto nos une e, como um louco
Declamar alegria,
Em versos isentos de dor...

Também queria, nessa celebração
Poder mostrar-me sem cicatrizes e mágoas!
Meu rosto sem lágrimas, e de mãos estendidas
Velas de aniversário por nossa amizade.

Queria a cura de tantos males que afligem a boca
Com a doçura do mel de palavras sãs
Com que crianças nos ensinam
Inocência, gestos simples, poesia e boa companhia.

De Magela Poesias e Carmem Teresa Elias
São Paulo – SP e Rio de Janeiro – RJ
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Passou tão rápido
Como um miniconto
Fez dois anos
Em um haikai
Versamos amigos
Em muitas trovas
Brindamos a vida
Através de sonetos
Cantamos em prosa
Melodias poetrix
Nos teatralizamos
Em linhas do cordel
Rimos e choramos
Em intensos tankas
Encontros calorosos
Singelos acrósticos
Sentimos, pensamos
Espalhamos versos
De norte a sul,
Obrigado,
Catarina Maul!

Giancarlo Kind Schmid
Petrópolis – RJ
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A escola da vida

É bom aprender! A 
Melhor escola para
Nos ensinar é a vida, 
Muitas vezes coloca 
Pessoas certas nos
Momentos certos.
Também precisamos 
Da ajuda do nosso Pai 
Celestial, que sempre 
Nos dá uma luz. 
Só tenho a agradece-lo, 
Principalmente por ter 
Me dado os dois maiores
Presentes da minha vida:
Um anjinho deslaçado de 
Menina chamada Cristiane, 
Que iluminou a minha vida 
E mostrou-me o caminho 
Da poesia.
É, foi esse anjinho que 
Apresentou-me uma 
Pessoa que adoro a 
Tia Catarina.
E através dela, mais um 
Presente ganhei: a nossa 
Confraria, um grupo que
Tenho imenso orgulho de 
Fazer parte, a Confraria 
da Poesia Informal.
Que é minha grande família 
Da qual tenho imenso orgulho!

Alan Bastos Lima
Petrópolis – RJ
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Castelo Mágico de Poesias
Criações e construções do Castelo CPI
Uma ideia em sonhos e possibilidades
Ações positivas e muita paixão
O tempo se encarregou em deixar fluir

Aportei há pouco, por um convite inesperado
Fui recebido com alegria e tapete vermelho
Me senti pertencente aos demais
Jamais imaginei ter poemas num castelo

Grupo fechado de mentes abertas
Crianças em corpos gigantes
Adultos que sonham com a paz e harmonia da inspiração
Reduto dos risos, das prosas, dos versos

Desafios em desafios
2 anos de brincadeira séria
Saraus embalam noites e tarde
Desculpas para novos encontros e viagens

Cabem ainda muitas velas neste castelo
Vamos continuar com as criações e construções
A cada encontro a certeza de que é eterno
À CPI meus singelos cumprimentos – obrigado

Luís Antônio Santos
São João del Rei – MG
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Festejando e Rimando

É aniversário... Façamos uma festança
sempre é bom lembrar e ser lembrado
pois afinal poetas vivem de lembrança
algumas tão boas, de nosso passado
que falam de amizades, de bonança
algumas não tão boas, deixe enterrado
agora é hora de ser de novo criança

brincaremos todos na roda da poesia
alias é como manda nossa condição
de pique esconde sem hipocrisia
passando o anel de mão em mão
todos se confraternizam nessa alegria
pois quem escreve merece diversão
e aqui escrevemos noite e dia

dois anos se passaram sem sentir
gente que veio e ficou no coração
outros partiram sem pistas a seguir
no traduzir de tamanhas emoções
como se estivessem sempre a fluir
a Confraria já é sim uma tradição
feita de receber e também retribuir

Luizão Bernardo
Seropédica – RJ
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Pare tudo
Entre com tudo
A hora é essa
Vamos festejar
Mais um ano de CPI
Bolo com sabor de quero mais
Balões coloridos para enfeitar
Poesia para emocionar
Teatro para encantar
Música para embalar
Dança para contagiar
Riso solto no ar
Alegria do encontro
De velhos e novos poetas
Vamos nos abraçar e
Gritar bem alto para comemorar
Parabéns CPI!

Mary_Mariana de Oliveira
Petrópolis – RJ
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Vem Confraria 
Para mais um ano festejar
Alegrar por onde passas...
Mostrar em cada verso teus encantos.

Vem Confraria reafirmar
Que és multi, que és mais
És gente... Sempre presente.

Vem transitar bonita
Do real ao virtual
Do formal ao informal...
Plena, mágica!

Vem ser careta, ser descolada,
Ser CONFRARIA!!!

Vem vencer barreiras,
Vem vencer preconceitos,
E mostrar a todos, essa luz: POESIA.

Paulo Roberto Cunha 
Petrópolis – RJ
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E o presente é nosso!

Em um canto ali, o encanto.
Uma disseminação de poesia
Virando a esquina: a confraria
Nesse recinto o carinho é tanto
Reina amizade e causa espanto
Uma união que transpôs anos
Os engenhos se fazem oceanos
Interação a escorrer em chuva
Versos brincam; caem em luva
Poetas versam sãos e insanos!

Entra outro ano, é outro inverno
Já se transcorreu mais um verão
Vertidas ali palavras do coração
Uma aliança, um concerto terno
Emoção sobeja e sai do interno
Uma união que transpôs anos
Os engenhos se fazem oceanos
Governam a poesia e amizade
Uma corporação com verdade
Poetas versam sãos e insanos!

Raquel Ordones
Uberlândia – MG
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Mentalizem

O neném, iiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii...
A criança, não dá...
O adolescente, peraí...
O jovem, só mais um cadim...
O adulto, ainda tem tempo...
O idoso, não deu tempo...
Dois anos de CPI!

Rodolfo Andrade
Petrópolis – RJ
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Já são dois anos de Confraria.
porém eu cheguei agora nesse trem
é que peguei uma carona na poesia
e vim proseando tranquila com a vida
perdi os saraus por morar tão longe
mas ganhei parcerias e amigos mil
aprendi assim sobre métricas e rimas
e também sobre as prosas e versos
subi a serra embalada por sonhos bons
através de fotos e postagens alheias
conheci belas arvores cheias de poetas
vi alguns gramados repletos de confrades
descobri palavras novas e outras sem uso
já bebi da fonte mágica da inspiração
e conheci as musas das letras e artes
então tive a tal coragem que só tem
aquele ser que realmente ama escrever
quem sabe só agora realmente eu saiba
que já me atirei do penhasco da vida
e vi que as minhas asas feitas de cera
aguentaram o meu peso e as correntes
e resolva eu voar e transpor o mar?
quem sabe se somente agora que vi
que seus pés não afundaram na areia
resolva então atravessar esse deserto?
afinal a poesia da Confraria existe
justamente para que possamos ousar
mesmo encabulada entre tantos mestres
dessa grande festa que é escrever
mas pronta a mostrar meu valor

Silvana Gomes
Campos – RJ
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Dois anos de festas

Dois anos de alegrias e conquistas,
Estúdio S a nossa gratidão,
pelo uso constante do salão,
enaltecendo a classe dos artistas.

Poetas, dançarinos, guitarristas
poemas e poemas, emoção.
O som da bateria, o violão,
poemas nos varais às nossas vistas.

Saraus nas praças, clubes e colégios...
Eu agradeço tanto privilégio,
o carinho constante à minha arte.

Aos amigos daqui e aos de outras plagas
eu agradeço enquanto o peito afaga,
pois dos meus versos são os baluartes.

Gilson Faustino Maia
Petrópolis – RJ
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Toda vez que pego o lápis
e sai uma poesia
Fico logo extasiada
parece uma alquimia

Então logo me preparo
a postar o meu rebento
Curto as outras dos amigos
leio todas e comento

Um vez por mês há festa
declamam, cantam, encenam
Também dançam e sorriem
corações aqui serenam

Fazer parte dessa festa
me deixa realizada
Ser membro da Confraria
é ser poeta e amada

Fernanda Forster
Petrópolis – RJ
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